Ortopedia

Os problemas ortopédicos, em geral, são resultados de um trauma ou de doenças musculares, ósseas e articulares. O ortopedista veterinário é o profissional capaz de auxiliar e tratar os animais que apresentam fraturas em ossos, rupturas de ligamentos e degenerações em articulações ou músculos. Ele trata desde os casos mais simples como as luxações até os casos mais graves, como os desvios angulares e procedimentos cirúrgicos na coluna vertebral.

Se seu pet apresenta qualquer problema ligado à sua estrutura esquelética (ossos), procure imediatamente um Ortopedista Veterinário.

Quando procurar um veterinário ortopedista?

Procure um ortopedista veterinário imediatamente se seu pet apresentar qualquer um desses problemas:

  • Trauma agudo com possibilidade de fratura, como uma queda ou atropelamento
  • Mancar
  • Ter dificuldade de se locomover
  • Apresentar dor ou estalo quando o membro é manipulado ou ao andar
  • Aumento de volume em membros
  • Paralisia de membros

O tratamento da fratura deve ocorrer nos 3 primeiros dias. Depois disso, a cirurgia é mais difícil e as chances de total restabelecimento das funções motoras são menores.

Como reagir caso meu pet tenha uma fratura?

Quedas, atropelamentos e brigas podem gerar consequências que vão desde lesões em órgãos internos até fraturas múltiplas. Por isso, quando acontecer traumas assim é muito importante a consulta com um veterinário geral e um ortopedista o quanto antes.

E lembre-se: o transporte até o hospital veterinário deve ser feito de modo adequado, visando sempre reduzir ao máximo o movimento do animal. Confira:

  1. Não movimente o animal do local de imediato.
    Isso evita lesões ainda mais graves – sobretudo na região do impacto.
  2. Veja se é necessário uma mordaça, mas cuidado para não comprometer a respiração do pet.
    Os pets podem ficar muito inquietos e agitados devida a dor do trauma e por isso reagir tentando morder. Caso seja necessário a mordaça, é possível improvisar uma usando um cadarço, por exemplo. No entanto, cuidado para não comprometer o quadro respiratório do pet acidentado.
  3. Se houver sangramento intenso comprima o local com pano limpo.
    Caso haja algum material perfurando o animal, ele NÃO deve ser removido. Leve o animal para o hospital veterinário para que os devidos cuidados sejam tomados.
  4. Improvise uma maca de transporte.
    É essencial ter algum tipo de suporte firme (prancha, madeira, etc) para facilitar o transporte. Depois, prenda o pet com pano ou corda que passe sobre as regiões dos ombros e coxas, deixando livre a região torácica e abdominal.
  5. Evite a movimentação excessiva da coluna e dos ossos do pet em geral.
    Tente conduzir o veículo sem muitos arranques, devido o risco de estender as lesões ou perfurações.

A tentativa de verificar a fratura sem técnica adequada pode resultar em grande dor, agravamento da situação e até mesmo paralisia. 

Como evitar fraturas e luxações?

Para evitar fraturas, o jeito é evitar tudo que pode originar quedas e traumas.

  1. Não deixe seu animal solto nas ruas, principalmente em áreas próximas ao trânsito. Conduza-o sempre pela guia com peitoral.
  2. Fique atento ao entrar e sair com o carro da garagem.
  3. Crianças muito pequenas devem pegar ou brincar com os pets menores somente com a supervisão de um adulto. Sem a prática e habilidade necessária, elas podem acabar causando a queda do animal.
  4. Evite deixar seu pet em lugares molhados ou com lodo porque isso favorece deslizes.
  5. Não estimule seus cães e gatos a saltarem grandes distâncias ou pularem de (ou para) lugares altos. Coloque rampas de acesso nos lugares em que eles mais gostam de ficar.
  6. Evite pisos escorregadios ou com baixa aderência, principalmente se lidar com pets mais idosos ou com outros problemas ortopédicos – já que eles têm menos firmeza nas patas.

Doenças ortopédicas mais comuns na veterinária

Osteoartrose ou oesteoartrite

A artrose é a degeneração da cartilagem que protege as articulações – o que gera dor, perda de elasticidade e limitação dos movimentos. Como os nossos pets têm vivido mais, a artrose passou a ser uma doença muito comum entre eles. Mas animais com sobrepeso, mesmo jovens, também são fortes candidatos. Os sintomas são: lentidão para caminhar, dificuldade para sentar e levantar, resistência para passear e mudança de humor. Vale lembrar que diagnosticar a artrose em seu estágio inicial é bastante difícil, porém é a melhor maneira para iniciar um tratamento eficaz.

 

Hérnia de disco

As cartilagens que ficam entre as vértebras são chamadas de discos intervertebrais. A hérnia é o resultado da degeneração crônica desses discos, tendendo a aparecer em animais entre 3 e 7 anos. Outro modo de acontecer é por trauma. Nos dois casos, a medula é pressionada e gera diversos sintomas, de acordo com a localização da hérnia na coluna. A dor está sempre associada e podem ocorrer também formigamento, postura arqueada, perda de sensibilidade em partes do corpo, alterações de reflexo, incontinência, para ou tetraplegia e até o óbito. Quando ocorre lentamente, o animal começa a ficar cada vez mais quieto já que a locomoção se torna dolorosa e passa a evitar movimentos bruscos – sendo mais difícil de ver já que exige bastante atenção do tutor. Quando ocorre por trauma, o caso fica mais visível, mas é preciso atenção imediata porque o animal pode até mesmo perder os movimentos em questão de horas.

O diagnóstico é feito a partir da clínica do animal com análise neurológica e ortopédica e por exames como radiografia e tomografia computadorizada. O tratamento também varia com a localização e gravidade. Pode ser indicado remédios ou ter indicação cirúrgica.

 

Espondilose deformante, o chamado “bico de papagaio”

Espondilose é uma doença degenerativa de caráter crônico e progressivo na coluna vertebral causado pelo desgaste dos seus discos, o que gera a diminuição do espaço entre cada vértebra, ocasionando o famoso “bico de papagaio” e a sua dor característica. Atinge principalmente cães idosos, sem distinção de raça. As alterações na coluna características da espondilose podem ter várias causas, como o avanço da idade, sobrepeso ou por conta de trabalhos repetitivos. O diagnóstico pode ser feito por meio de raios-x, tomografia ou até ressonância da coluna. O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico, de acordo com orientação do médico veterinário.

 

Displasia Coxofemural

Displasia coxofemural é uma má formação da articulação que liga o fêmur ao quadril, o que ocasiona a desunião entre esses ossos provocando muita dor e dificuldade de locomoção. Geralmente tem origem hereditária e tende a afetar cães maiores, mas a nutrição, velocidade de crescimento, obesidade e ambiente podem agravar o problema. Os sintomas costumam aparecer entre os 4 e 7 meses de vida do animal: mancar, dorso arqueado e peso deslocado para os membros da frente. Mas em pouco tempo, o animal pode passar a não se movimentar, e se nada for feito a tempo o músculo pode atrofiar. A confirmação é feita por meio de exames radiográficos. De acordo com o grau de comprometimento pode ser indicado fisioterapia e medicamentos de controle da dor, mas na maior parte dos casos, é necessário uma cirurgia corretiva ortopédica.

 

Luxação da Patela

A luxação da articulação do joelho tem origem genética ou traumática, sendo mais comum a segunda causa. A patela é responsável por alinhar o joelho aos músculos que estão ao seu redor. Então, quando há uma luxação na patela, o deslocamento ocorre de forma frequente, fazendo o pet sentir muita dor e falta de firmeza para sua mobilidade.
Nem sempre o animal apresenta sintomas claros, mas é comum que o pet: tenha dores irregulares, principalmente em dias frios; manque intermitentemente (vai e volta); passe a esticar a perna para trás quando anda; não apoie a perna; perca a capacidade de saltar; a articulação mostre sinais de inchaço. Dada a centralidade da patela, um problema genético na região pode alterar toda a mobilidade do membro, fazendo até mesmo com que o animal não consiga apoiar a perna no chão. O tratamento pode ser clínico, mas na maior parte dos casos é indicado intervenção cirúrgica para recolocar o osso no lugar.

 

Ruptura de Ligamento Cruzado Cranial

O ligamento cruzado cranial, ao contrário do que o nome pode levar a pensar, fica no joelho. Essa ruptura ocorre geralmente por trauma ou fadiga progressiva das estruturas da região. A manifestação mais comum é uma manqueira súbita acompanhada de gritos e gemidos do pet. O rompimento pode ser parcial ou total. Animais com sobrepeso, que pulam muito, raças grandes e que já tenham sofrido lesão têm maiores chances de desencadear o problema. O tratamento na maioria das vezes é cirúrgico, envolvendo no pós-operatório controle do peso do animal e fisioterapia, além de medicamento para controle da inflamação e dor no local.

 

Ter seu pet sob os cuidados de um Médico Veterinário Especializado significa ter mais qualidade no tratamento e um resultado que pode oferecer mais qualidade de vida.

Produzido por Hi! Comunicação.