Os problemas ortopédicos, em geral, são resultados de um trauma ou de doenças musculares, ósseas e articulares. O ortopedista veterinário é o profissional capaz de auxiliar e tratar os animais que apresentam fraturas em ossos, rupturas de ligamentos e degenerações em articulações ou músculos. Ele trata desde os casos mais simples como as luxações até os casos mais graves, como os desvios angulares e procedimentos cirúrgicos na coluna vertebral.
Se seu pet apresenta qualquer problema ligado à sua estrutura esquelética (ossos), procure imediatamente um Ortopedista Veterinário.
Procure um ortopedista veterinário imediatamente se seu pet apresentar qualquer um desses problemas:
O tratamento da fratura deve ocorrer nos 3 primeiros dias. Depois disso, a cirurgia é mais difícil e as chances de total restabelecimento das funções motoras são menores.
Quedas, atropelamentos e brigas podem gerar consequências que vão desde lesões em órgãos internos até fraturas múltiplas. Por isso, quando acontecer traumas assim é muito importante a consulta com um veterinário geral e um ortopedista o quanto antes.
E lembre-se: o transporte até o hospital veterinário deve ser feito de modo adequado, visando sempre reduzir ao máximo o movimento do animal. Confira:
A tentativa de verificar a fratura sem técnica adequada pode resultar em grande dor, agravamento da situação e até mesmo paralisia.
Para evitar fraturas, o jeito é evitar tudo que pode originar quedas e traumas.
A artrose é a degeneração da cartilagem que protege as articulações – o que gera dor, perda de elasticidade e limitação dos movimentos. Como os nossos pets têm vivido mais, a artrose passou a ser uma doença muito comum entre eles. Mas animais com sobrepeso, mesmo jovens, também são fortes candidatos. Os sintomas são: lentidão para caminhar, dificuldade para sentar e levantar, resistência para passear e mudança de humor. Vale lembrar que diagnosticar a artrose em seu estágio inicial é bastante difícil, porém é a melhor maneira para iniciar um tratamento eficaz.
As cartilagens que ficam entre as vértebras são chamadas de discos intervertebrais. A hérnia é o resultado da degeneração crônica desses discos, tendendo a aparecer em animais entre 3 e 7 anos. Outro modo de acontecer é por trauma. Nos dois casos, a medula é pressionada e gera diversos sintomas, de acordo com a localização da hérnia na coluna. A dor está sempre associada e podem ocorrer também formigamento, postura arqueada, perda de sensibilidade em partes do corpo, alterações de reflexo, incontinência, para ou tetraplegia e até o óbito. Quando ocorre lentamente, o animal começa a ficar cada vez mais quieto já que a locomoção se torna dolorosa e passa a evitar movimentos bruscos – sendo mais difícil de ver já que exige bastante atenção do tutor. Quando ocorre por trauma, o caso fica mais visível, mas é preciso atenção imediata porque o animal pode até mesmo perder os movimentos em questão de horas.
O diagnóstico é feito a partir da clínica do animal com análise neurológica e ortopédica e por exames como radiografia e tomografia computadorizada. O tratamento também varia com a localização e gravidade. Pode ser indicado remédios ou ter indicação cirúrgica.
Espondilose é uma doença degenerativa de caráter crônico e progressivo na coluna vertebral causado pelo desgaste dos seus discos, o que gera a diminuição do espaço entre cada vértebra, ocasionando o famoso “bico de papagaio” e a sua dor característica. Atinge principalmente cães idosos, sem distinção de raça. As alterações na coluna características da espondilose podem ter várias causas, como o avanço da idade, sobrepeso ou por conta de trabalhos repetitivos. O diagnóstico pode ser feito por meio de raios-x, tomografia ou até ressonância da coluna. O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico, de acordo com orientação do médico veterinário.
Displasia coxofemural é uma má formação da articulação que liga o fêmur ao quadril, o que ocasiona a desunião entre esses ossos provocando muita dor e dificuldade de locomoção. Geralmente tem origem hereditária e tende a afetar cães maiores, mas a nutrição, velocidade de crescimento, obesidade e ambiente podem agravar o problema. Os sintomas costumam aparecer entre os 4 e 7 meses de vida do animal: mancar, dorso arqueado e peso deslocado para os membros da frente. Mas em pouco tempo, o animal pode passar a não se movimentar, e se nada for feito a tempo o músculo pode atrofiar. A confirmação é feita por meio de exames radiográficos. De acordo com o grau de comprometimento pode ser indicado fisioterapia e medicamentos de controle da dor, mas na maior parte dos casos, é necessário uma cirurgia corretiva ortopédica.
A luxação da articulação do joelho tem origem genética ou traumática, sendo mais comum a segunda causa. A patela é responsável por alinhar o joelho aos músculos que estão ao seu redor. Então, quando há uma luxação na patela, o deslocamento ocorre de forma frequente, fazendo o pet sentir muita dor e falta de firmeza para sua mobilidade.
Nem sempre o animal apresenta sintomas claros, mas é comum que o pet: tenha dores irregulares, principalmente em dias frios; manque intermitentemente (vai e volta); passe a esticar a perna para trás quando anda; não apoie a perna; perca a capacidade de saltar; a articulação mostre sinais de inchaço. Dada a centralidade da patela, um problema genético na região pode alterar toda a mobilidade do membro, fazendo até mesmo com que o animal não consiga apoiar a perna no chão. O tratamento pode ser clínico, mas na maior parte dos casos é indicado intervenção cirúrgica para recolocar o osso no lugar.
O ligamento cruzado cranial, ao contrário do que o nome pode levar a pensar, fica no joelho. Essa ruptura ocorre geralmente por trauma ou fadiga progressiva das estruturas da região. A manifestação mais comum é uma manqueira súbita acompanhada de gritos e gemidos do pet. O rompimento pode ser parcial ou total. Animais com sobrepeso, que pulam muito, raças grandes e que já tenham sofrido lesão têm maiores chances de desencadear o problema. O tratamento na maioria das vezes é cirúrgico, envolvendo no pós-operatório controle do peso do animal e fisioterapia, além de medicamento para controle da inflamação e dor no local.
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